Exames de imagem podem causar câncer? Entenda os perigos invisíveis associados a esses pedidos

Homem realizando tomografiaAo precisar de apoio para confirmar um diagnóstico ou para realizar um procedimento específico, muitas vezes os médicos pedem um exame mais avançado e preciso, como, por exemplo, uma tomografia computadorizada ou uma cintilografia. A possibilidade de obter imagens claras e mais detalhadas de órgãos representa o avanço da tecnologia na medicina. No entanto, o uso dessas tecnologias deve ser muito bem avaliado, já que pode trazer alguns riscos à saúde. Confira a matéria e conheça os riscos associados a esses procedimentos!

Os perigos da radiação

Os exames de diagnóstico por imagem, como radiografia, cintilografia, cateterismo e, principalmente, tomografia, estão entre os que utilizam radiação ionizante, que é a mesma emitida numa explosão nuclear. A exposição a doses elevadas de radiação pode causar diversos danos ao paciente, incluindo a modificação na estrutura do DNA da célula, levando a mutações que podem originar um câncer.

Quais tomografias oferecem mais riscos ao paciente?

Alguns tecidos são mais sensíveis à radiação do que outros, e podem ser mais favoráveis a desenvolver câncer. Tomografia de abdômen, pelve, tórax, crânio e vasos sanguíneos são os exames que oferecem um maior risco à saúde do paciente.

Mas, afinal, exames de imagem são seguros?

Os exames de imagem são considerados seguros desde que sejam utilizados de forma racional e dentro dos limites recomendados de exposição à radiação. O problema é que, no Brasil, esses exames têm sido pedidos com uma frequência muito alta – segundo a ANS (Associação Nacional de Saúde), a média anual de ressonâncias magnéticas é de 52 por mil habitantes em 35 das nações mais desenvolvidas do mundo, enquanto, no Brasil, o número é de 149 a cada mil. Quanto às tomografias realizadas pelos planos de saúde em 2016, a média aponta 120 para mil habitantes nas nações da OCDE; já no Brasil, são os mesmos 149 para mil beneficiários.

Mesmo que a dose de radioatividade de cada exame seja pequena, o efeito desse tipo de radiação no organismo é cumulativo, portanto, pode trazer riscos futuros à saúde caso a frequência de realização seja alta. Por isso, a dica é se submeter a esse tipo de exame apenas quando for estritamente necessário (conforme protocolos definidos para confirmação diagnóstica e programação de tratamento).