Função da vitamina D: entenda o papel do nutriente no corpo humano

Menina sorrindo

A vitamina D é famosa por regular o metabolismo de cálcio e fósforo no corpo, fortalecendo os ossos. Mas a sua atuação vai muito além disso: estudos mostram que a falta de vitamina D está associada ao maior risco de problemas cardiovasculares, tumores e doenças imunológicas e infecciosas.

Apesar dessa função da vitamina D tão importante, o corpo humano não é capaz de produzir o composto naturalmente – ele precisa ser induzido a fazer isso ou receber de fora. Um dos métodos mais eficazes é a exposição diária ao sol: a partir da ação dos raios ultravioletas, uma molécula da pele se transforma em vitamina D. Alimentos, como os peixes, também possuem essa substância em sua composição – mas ela corresponde a apenas 10% do que o corpo precisa para se manter saudável. Os outros 90% da vitamina D vêm mesmo da exposição ao sol.

Benefícios da vitamina D

Além de favorecer a saúde dos ossos, a vitamina D é essencial para vários outros órgãos. Ela atua no metabolismo e na produção de insulina, regula o crescimento e fortalece os músculos e o sistema cardiovascular.

Outro benefício da vitamina D é a ação no sistema imunológico, que possui receptores do nutriente. Combinados, o organismo fica mais preparado para defender o corpo de agentes externos, prevenindo doenças ou evitando que elas evoluam para casos graves.

No caso de gestantes, há evidências que apontam que a baixa taxa desse composto (situação comum nesse período) pode gerar hipertensão arterial e diabetes gestacional. Além disso, é preciso lembrar que a produção de nutrientes do feto depende exclusivamente da mãe.

A saúde mental é outra área beneficiada pela vitamina D. Um estudo publicado no Journal of Post-Acute and Long-Term Care Medicine, apontou que a falta dela pode aumentar em 75% o risco de depressão em pessoas idosas.

Um hormônio chamado de vitamina D

A história desse composto tem pouco mais de cem anos e uma ligação direta com o óleo de fígado de bacalhau. Nessa época, os cientistas tentavam entender por que esse alimento ajudava na prevenção e tratamento do raquitismo – doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos infantis.

A resposta veio em torno de 1925, quando o estudioso Adolf Windaus e seu grupo de trabalho descobriram que o óleo era rico em uma substância até então desconhecida, mas importantíssima para o corpo humano: a vitamina D.

A partir daí, os estudos avançaram e ficou comprovado que o próprio corpo poderia produzi-la ao receber a exposição solar – levando o corpo acadêmico a afirmar que o composto foi erradamente chamado de vitamina; na verdade, trata-se de um hormônio. Apesar disso, o nome “vitamina D” ficou famoso e até hoje é utilizado.

Como tomar sol de forma segura?

Você já deve ter se perguntado qual o melhor horário para tomar sol. O tempo necessário de exposição solar depende de vários fatores, como região, idade, estado de saúde, cor de pele e peso. Mas, no geral, de 15 a 20 minutos diários para adultos saudáveis e de pele branca são suficientes.

Nessa hora, deixe o protetor solar de lado, já que ele impede a ação dos raios ultravioletas – tão importante para a produção de vitamina D. Esse produto só é necessário caso o tempo de exposição seja maior do que o recomendado. Além disso, não é necessário colocar todo o corpo no sol: uma leve caminhada com os braços expostos já cumpre a função.

No caso de adultos negros, as regras são as mesmas. O que muda é o tempo de exposição solar: pode chegar até uma hora, dependendo do tom da pele. É que, quanto mais melanina o corpo possui, maior é a dificuldade de absorver os raios UV.

Cuidado com o suplemento de vitamina D

Na maioria das cidades brasileiras, mesmo no inverno, o sol se faz presente – e promover a produção de maneira natural de vitamina D é mais seguro. Já em locais onde os dias ensolarados são minoria, é comum que os moradores façam uso de suplementação.

Acontece que a superdosagem do suplemento de vitamina D é perigosa e, por isso, o seu uso deve ser feito apenas com acompanhamento clínico. Em excesso, essa substância aumenta a concentração de cálcio no sangue e pode favorecer a formação de cálculos renais. Não à toa, os sintomas mais comuns de intoxicação por vitamina D são náuseas, fraqueza, sede, nervosismo e aumento da pressão arterial e vontade de urinar.