Poliomielite: entenda a importância da vacina contra paralisia infantil para prevenir a doença

Menina tomando vacina da poliomieliteConhecida popularmente como paralisia infantil, a poliomielite (ou pólio) é uma doença muito grave e com alto poder de contaminação, que afeta principalmente crianças. O último caso registrado no Brasil foi em 1989 e o país recebeu a certificação de eliminação da doença em 1994. O Ministério da Saúde, no entanto, alerta que a doença pode voltar: a poliomielite precisa ser erradicada do mundo inteiro para não oferecer mais riscos às populações. O vírus ainda circula em países como Afeganistão, Nigéria e Paquistão e medidas preventivas são necessárias para evitar o retorno da pólio.

Vacina contra paralisia infantil é a maneira mais eficaz de prevenir a doença

A vacinação é a única forma de prevenir a ação da poliomielite. Mas, quando há baixa aderência da população às campanhas vacinais, o risco de novos surtos da doença aumenta. É o caso do sarampo, que reapareceu no território brasileiro depois da doença já ter sido erradicada. Atualmente, o Brasil está em alerta e com campanhas para conscientizar e estimular a vacinação em todas as fases da vida.

Todas as crianças com menos de cinco anos precisam ser imunizadas anualmente contra a poliomielite. Desde 2016, o Brasil implementou um novo esquema vacinal que está de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS): três doses injetáveis – aos 2, 4 e 6 meses de idade – e duas doses de reforço com a gotinha. Adultos que não foram imunizados também correm risco de contrair a doença.

Como ocorre a transmissão da poliomielite?

A poliomielite é transmitida pelo poliovírus, um microorganismo que invade o sistema nervoso e é capaz de paralisar partes do corpo em poucas horas. O vírus é encontrado em locais sem saneamento básico e com condições precárias de higiene o habitat ideal para se proliferar. A transmissão mais comum ocorre por meio do contato com objetos, alimentos e água contaminada com secreções e fezes de pessoas com a doença. Outra possibilidade de contaminação é pela liberação de gotículas no ar através da fala, tosse ou espirros.

Poliomielite: sintomas mais comuns

A poliomielite pode ter uma ação muito silenciosa e ser descoberta apenas em estágios avançados. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, vômitos, constipação ou diarreia, mal-estar, dor no corpo e garganta, rigidez na nuca e espasmos. Quando há reações neurológicas, a manifestação paralítica vem acompanhada de deficiência motora, flacidez muscular e sensibilidade.

Sequelas da poliomielite

A poliomielite pode causar diversas sequelas motoras em pessoas que contraem o vírus. As infecções no cérebro e na medula não têm cura e precisam ser tratadas com fisioterapia e atividades que fortaleçam os músculos para proporcionar mais autonomia e qualidade de vida aos pacientes. As sequelas mais comuns são:

– Problemas nas articulações acompanhados de dores;
– Crescimento desregulado das pernas, que faz com que a pessoa manque;
– Pé equino, conhecido também como pé torto;
– Osteoporose;
– Paralisia em algum dos membros inferiores;
– Paralisia dos músculos da fala e deglutição;
– Atrofia muscular.

Fontes: Ministério da Saúde e OPAS Brasil