Quais os últimos avanços da medicina no tratamento de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que atinge aproximadamente 1,2 milhão de pessoas no Brasil. O quadro leva à deterioração cognitiva das funções cerebrais ao longo do tempo, resultando na perda da memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio. Mas, ainda que não exista uma cura para a doença até o momento, os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença.

Mas, afinal, o que é a doença de Alzheimer e quais são os seus sintomas?

De maneira geral, a doença de Alzheimer é um tipo de síndrome que causa degeneração progressiva dos neurônios do cérebro e, consequentemente, gera comprometimento das suas funções cognitivas: a memória, atenção, linguagem, orientação, percepção e raciocínio. Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos sofrem com os sintomas da doença, que podem variar entre dificuldade para memorizar, confusão mental, perda de coordenação motora, incontinência urinária, entre outros. Para concluir o diagnóstico da doença, é preciso realizar alguns testes de raciocínio, como o miniexame de estado mental, teste da influência verbal e desenho do relógio.

Cirurgia de estimulação cerebral profunda é aposta no tratamento de Alzheimer

Ainda que não haja um tratamento específico para o Alzheimer, a medicina tem evoluído bastante em busca de formas de amenizar as perdas cognitivas e enfrentar o processo de adoecimento, mantendo a qualidade de vida do paciente. A cirurgia de estimulação cerebral profunda, por exemplo, é uma possibilidade de tratamento para a melhora da doença. Os cientistas estudam se o procedimento, que é feito com o implante de um pequeno eletrodo neuroestimulante no cérebro, pode ajudar a estabilizar a doença e, consequentemente, regredir os sintomas. Este tipo de terapia já é feita no Brasil, mas ainda não está disponível em todos os centros de neurologia.

Terapia antiamilóide também pode ajudar no tratamento da doença

Outra grande aposta da medicina no tratamento de doenças degenerativas, como o Alzheimer, é a terapia antiamilóide, já que os pacientes com o quadro tem grande formação e acúmulo da proteína beta-amiloide. Nesse sentido, a terapia surge para criar compostos que destruam essa proteína, desencadeando uma resposta imunológica que a exclua – ou que seja capaz de inibir totalmente a produção. Mas, é importante lembrar que muitos estudos ainda estão sendo feitos para que o tratamento do paciente com doença de Alzheimer seja otimizado.