Saúde ocular: veja a importância dos exames oftalmológicos

Homem realizando exame ocularÉ muito comum se preocupar com a saúde ocular apenas em momentos de crise ou de um problema específico. Geralmente, as pessoas sentem a visão embaçada ou precisam fazer um exame simples para a produção de novas lentes – e só então procuram o médico oftalmologista. Mas as consultas com um especialista não devem ser pontuais. O melhor é marcar uma vez ao ano, pelo menos, para detectar doenças de alta gravidade, como catarata, glaucoma e retinopatia diabética, que podem levar à cegueira quando não tratadas.

Saúde dos olhos: o desenvolvimento ocular das crianças

A saúde oftalmológica deve ser cuidada antes mesmo do nascimento. O Ministério da Saúde aponta que 40% dos casos de cegueira infantil poderiam ser evitados ou diagnosticados já no pré-natal. Gestantes com rubéola, toxoplasmose e sífilis, por exemplo, precisam de atenção redobrada para evitar o comprometimento ocular dos bebês. O mesmo cuidado deve ser tomado com crianças prematuras.

Ainda na maternidade, os recém-nascidos passam pelo Teste do Olhinho, capaz de identificar doenças como estrabismo e catarata congênita – também chamada de catarata infantil. E os pais devem estar sempre atentos a sintomas como sensibilidade à luz, vermelhidão e lacrimejamento excessivo. Esses podem ser sinais de que algo está errado com a visão da criança.

As doenças oculares mais comuns na infância são:

– Retinoblastoma – tumor localizado na retina;
– Catarata congênita – má formação do cristalino, ligamento responsável pela focalização;
– Problemas na refração – miopia, hipermetropia e astigmatismo;
– Ambliopia – ocorre quando um dos olhos não tem boa visão, sendo conhecido também como “olho preguiçoso”.

Como cuidar dos olhos na fase adulta

Pessoas que não usam lentes de contato ou óculos de grau são as que menos realizam consultas oftalmológicas. Mas, entre os 30 e 40 anos, as visitas ao especialista são essenciais para detectar problemas como catarata e glaucoma. Essa também é a faixa etária em que aumentam as queixas de coceiras, lacrimejamento e dificuldade para focalização – e nem todo quadro é tão simples quanto parece.

A conjuntivite, por exemplo, é considerada uma inflamação de baixa gravidade e fácil recuperação. Mas é importante saber que nem todo caso de vermelhidão ocular se resume a esse problema. Geralmente acompanhada de coceira e secreção, é ideal procurar ajuda médica se o quadro não apresentar melhora em poucos dias.

Os problemas mais comuns em adultos e idosos são:
– Degeneração Macular Relacionada à Idade – atinge a área da retina chamada mácula e provoca a perda de visão;
– Glaucoma – neuropatia que compromete o nervo e a camada de fibras nervosas;
– Melanoma Ocular – tumor responsável pela perda parcial da visão;
– Uveíte – inflamação rara que acomete a úvea completa ou parcialmente.

Atenção à pressão intraocular

Tonometria é o nome dado ao exame que mede a pressão interna do globo ocular. Os níveis considerados normais são de 10 a 21,5 mmHg. Entretanto, cada pessoa pode apresentar uma resposta diferente aos diversos níveis de pressão. Logo, para definir o nível ideal de cada indivíduo, é necessária uma avaliação com o oftalmologista.

A pressão deve ser medida principalmente em pacientes com risco de glaucoma. Além deles, são considerados fatores de risco para a doença o histórico familiar e o uso não prescrito de corticóides. É importante também informar ao especialista sempre que iniciar a utilização de um novo medicamento – ele pode contribuir para o aumento dos níveis da pressão.

Fonte: Dr. Hallim Feres Neto