Síndrome pós-COVID-19: o que se sabe sobre a condição?

Mulher com mão no rosto

A Covid-19 tem afetado milhares de habitantes ao redor do mundo. Apesar da alta taxa de mortalidade, muitas pessoas se curaram ou manifestaram apenas efeitos leves. Mas será que a ação do SARS-CoV-2 pode deixar sequelas a longo prazo no organismo das pessoas que tiveram a doença? Como o sistema respiratório e o pulmão ficam depois da infecção? Com o tempo, ficou mais fácil de observar os efeitos do novo coronavírus. Em muitas pessoas, foi observada a presença de fraqueza, dor crônica e fadiga mesmo depois dos sintomas da doença sumirem. Cientistas tratam a condição como uma síndrome pós-Covid. Entenda o que a comunidade científica já sabe sobre isso!

Síndrome da Fadiga Crônica pode se manifestar depois da COVID-19

Segundo especialistas, a Síndrome da Fadiga Crônica é muito comum em alguns casos pós-infecção do coronavírus. Também conhecida como encefalomielite miálgica, a síndrome pode acometer pacientes que tiveram infecções virais no geral, como a gripe comum ou mesmo a Covid-19. A condição gera um quadro de sequela que pode durar por semanas, meses e até mesmo anos, o que acaba deixando a pessoa prostrada, muito exausta e com dores mesmo quando os sintomas da doença principal foram embora.

Síndrome pós-Covid apresenta sintomas além da fadiga

Depois de observarem a ação da Covid-19, cientistas da Universidade de Campinas (Unicamp) chegaram a algumas conclusões sobre a doença. Segundo os estudos, 67% dos pacientes que se recuperaram da infecção pelo novo coronavírus tiveram algum tipo de sequela ou sintoma permanente, em sua grande maioria, neurológico: além da fadiga crônica, relatada por 30% dos pacientes, 20% se queixaram de perda do olfato e 10% relataram perda de paladar. Cerca de 25% apresentaram problemas de memória e 15% tinham dores de cabeça frequentes. Ainda de acordo com os cientistas, os resultados ainda tímidos dos neurologistas apontam para uma possível alteração neurológica das funções cerebrais, ou até mesmo, uma atrofia.

Síndrome pós-Covid pode ser tratada

Apesar de os sintomas terem de média a longa duração, a síndrome pós-Covid pode ser tratada e cuidada. O acompanhamento médico é fundamental. Somente um especialista pode determinar exatamente o quadro e encaminhar o melhor tratamento. Em alguns casos, a fisioterapia e a medicação podem ser a melhor opção.