Vacina para o novo coronavírus: conheça 2 pesquisas promissoras em andamento

Doutores com vacinas

Os resultados de uma vacina contra a Covid-19 podem estar próximos. A pandemia do novo coronavírus alterou o modo de vida da sociedade. O isolamento social trouxe novas formas de consumo, hábitos e trabalho, além da forma como lidamos com a saúde. Desde então, muitos institutos de pesquisa espalhados pelo mundo estão estudando os efeitos do vírus e possibilidades de imunização. Já são pelo menos 160 pesquisas em andamento. Alguns estudos já estão em fase de teste e apresentam boas perspectivas, inclusive no Brasil. Entenda a seguir!

Vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford está em fase de testes

Estudos divulgados nas últimas semanas mostram que a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, têm resultados promissores. Entre abril e maio, os pesquisadores fizeram duas etapas de testes com mais de 1.000 pessoas no país e observaram que elas produziram anticorpos e glóbulos brancos contra o novo vírus. Por outro lado, os voluntários não tiveram efeitos colaterais. A última fase de testes consiste na observação dos voluntários por cerca de 12 meses para entender a duração dos anticorpos e eficácia da imunização. No entanto, os cientistas e a empresa farmacêutica responsável pelos testes esperam novos resultados positivos ainda em setembro deste ano. Desta forma, a vacina já poderia começar a ser distribuída logo em seguida.

A Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) firmaram um acordo com a Universidade de Oxford para transferência da tecnologia antes do término dos testes clínicos. A iniciativa vai permitir a produção da vacina, caso os testes sejam aprovados, para distribuição no Brasil.

Vacina chinesa já está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan

A vacina produzida pela empresa Sinovac, da China, também está em fase de ensaios clínicos e têm resultados promissores no combate ao novo coronavírus. No Brasil, o Instituto Butantan será o responsável pelos testes. Desde 20 de julho, a instituição começou a colocar em prática um estudo clínico, que terá cerca de 9 mil voluntários em diversas localidades do país. Essa fase vai analisar se há a produção de anticorpos ou não contra o vírus. Dependendo do resultado da análise, será possível chegar a uma imunização eficaz para distribuir à população. A expectativa do Butantan é que a vacina contra a Covid-19 esteja pronta até o fim do ano ou, no máximo, no início de 2021. A vacina chinesa, chamada de CoronaVac, é desenvolvida a partir de cepas inativadas do coronavírus.