8 mitos e verdades sobre a doação de órgãos

Mulher mostrando cicatriz na barrigaA doação de órgãos não é um assunto muito falado no Brasil, apesar do aumento das campanhas de conscientização nos últimos anos. Segundo o Ministério da Saúde, até julho de 2020 haviam 46.181 pacientes na fila de espera por um transplante de órgão. O tema é cercado de desinformação sobre todo o processo, o que acaba impactando na decisão de ser ou não um doador. Para desvendar algumas dessas dúvidas, listamos 8 mitos e verdades sobre a doação de órgãos.

“Um doador pode salvar a vida de até 20 pessoas”

VERDADE! Uma única pessoa tem potencial para oferecer dois rins, fígado, pâncreas, coração, dois pulmões, intestino, duas córneas, medula, ossos e pele.

“A família precisa ser avisada sobre o seu desejo de doar órgãos”

VERDADE! Hoje, no Brasil, a doação de órgãos só é permitida com a autorização da família. Por isso, é super importante avisar os familiares sobre o seu desejo de ser um doador e conscientizá-los sobre a importância desse ato. Caso a família recuse a doação, os órgãos não poderão ser retirados.

“A família do doador de órgãos precisa pagar pelo procedimento”

MITO! A legislação brasileira garante o procedimento de doação de órgãos sem nenhum custo para a família do doador.

“A doação de órgãos só pode ser feita após a confirmação de morte cerebral”

VERDADE! A doação de órgãos só será realizada depois da confirmação de morte cerebral ou encefálica com alguns testes e exames feitos por um neurologista, que seguirá os protocolos estabelecidos pela instituição de saúde. Mesmo que a pessoa esteja em estado de coma não pode fazer a doação, já que ela pode acordar a qualquer momento. A morte cerebral é irreversível.

“Pessoas que tiveram as hepatites B e C não estão aptas para a doação de órgãos”

VERDADE! Pacientes que tiveram doenças infecciosas graves, como as hepatites B e C ou HIV, não podem ser doadores de órgãos. Diabéticos e pessoas com câncer também não podem ser doadores.

“A família pode ter contato com as pessoas que receberem os órgãos do doador”

MITO! Por uma questão ética, os dados do paciente que recebeu os órgãos não é repassada à família do doador.

“Por conta da cirurgia de retirada dos órgãos, o doador não poderá ser velado e sepultado da forma tradicional”

MITO! A retirada dos órgãos depois de confirmada a morte cerebral é um procedimento cirúrgico como qualquer outro. Ao final da cirurgia, a equipe médica terá o cuidado de reconstituir o corpo, sem deixar nenhuma deformidade. O doador não precisa de um velório ou sepultamento diferente.

“É possível doar órgãos em vida”

VERDADE! Ainda em vida, é possível doar um dos rins, parte do fígado e medula óssea. Em alguns casos, parte do intestino também pode ser doado. O doador terá uma vida normal depois do procedimento.