Cirurgias a laser: quais são as aplicações e benefícios da tecnologia?
Hoje em dia muitas cirurgias são feitas com instrumentos que emitem laser em vez do tradicional laser. O procedimento trata-se de uma radiação eletromagnética que é usada para realizar o corte dos tecidos durante uma intervenção cirúrgica. Com o avanço da tecnologia, as cirurgias a laser estão ficando cada vez mais comuns e, devido ao menor tempo de recuperação, o procedimento costuma ser priorizado em áreas como oftalmologia, coloproctologia e neurologia.
Cirurgias a laser possibilitaram a realização de procedimentos menos invasivos
Durante a década de 70, o laser foi introduzido na coloproctologia (especialidade médica cirúrgica que cuida das doenças do intestino grosso, do reto e ânus), possibilitando para muitos pacientes um pós-operatório com menos dor e complicações – que se manifestava com sangramentos, problemas de cicatrização e o ressurgimento das doenças. Assim, se tornou comum o uso do laser em casos de hemorroidectomias, fissurectomias, fistulectomias, cisto sacro-coccígeo ou cisto pilonidal e HPV anal.
De acordo com a Academia Nacional de Medicina, o uso do laser nos casos de cirurgia na próstata provocou uma redução de aproximadamente 83% no tempo de operação e ainda possibilitou que a internação fosse de apenas um dia, representando uma queda de 63% no tempo de alta dos pacientes.
Laser também é utilizado na neurocirurgia
Segundo a Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), aproximadamente 30% dos casos de hidrocefalia (acúmulo de líquido nas cavidades internas do cérebro) podem ser tratados com o laser. A técnica reduz custos, riscos de complicações e ainda exclui a necessidade de implantes definitivos da prótese de derivação ventricular. O procedimento também pode ser feito para tratar quadros de hidrocefalia secundária a estenose de aqueduto, neurocisticercose e tumores intraventriculares.
Laser é utilizado em cirurgias refrativas e de catarata
Os principais métodos de correção de grau são feitos com o laser (PRK ou Lasik), pois eles são mais precisos e seguros que as cirurgias que usam bisturis. As cirurgias refrativas são indicadas para tratar casos de miopia, hipermetropia e astigmatismo. A Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR) afirma que a cirurgia é recomendada para tratar casos em que os pacientes tenham dificuldades em focar e enxergar imagens com nitidez. As cirurgias de catarata também costumam utilizar o laser, devido a rapidez e facilidade do processo, que leva cerca de 20 minutos e dispensa a necessidade de internação.