Como funciona a vacina contra HPV?
A vacina contra HPV (Papilomavírus Humano) é uma das formas mais eficazes de prevenir a infecção, que pode ter vários tipos e níveis de gravidade. A transmissão ocorre pelo contato sexual ou de mãe para filho e pode atingir pele e mucosas. Além disso, algumas versões do vírus são agentes causadores de diversos cânceres, incluindo o do colo de útero – que, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta cerca de 290 milhões de mulheres no mundo inteiro. A vacina tem uma ação preventiva contra os tipos mais comuns da infecção e pode ser administrada ainda na adolescência.
Vírus HPV: o que é e como se desenvolve?
Existem mais de 150 tipos de vírus HPV, que podem atingir homens e mulheres. A infecção, normalmente, fica um longo tempo no organismo sem apresentar sintomas. Em casos mais raros, o HPV pode ser transmitido da mãe para o bebê durante o parto. O vírus, segundo o Ministério da Saúde, é classificado em tipos de baixo e alto risco de câncer. Os tipos 6 e 11 são os mais comuns causadores das características verrugas que aparecem na área genital e ânus – que podem se apresentar em variados tamanhos e quantidade. No geral, essas lesões não estão associadas ao câncer.
Já os vírus HPV com alto risco para o câncer são 12 tipos: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59. De acordo com o Ministério da Saúde, os tipos 16 e 18 são os maiores causadores do câncer de colo do útero, além dos tumores no ânus, vagina e vulva. Além disso, os vírus de alto risco também podem influenciar o câncer de boca e garganta.
Vacina HPV: quais os tipos que previnem o vírus?
No Brasil existem duas vacinas contra HPV disponíveis: a quadrivalente protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18; já a bivalente age contra os vírus 16 e 18. Essas imunizações são comercializadas e o valor varia entre R$250 e R$350. O Sistema Único de Saúde oferece a vacina quadrivalente para meninas e meninos entre 9 a 14 anos – nessa fase da vida, a imunização permite a produção de anticorpos e evita o contato com o vírus antes do início da vida sexual. Pessoas transplantadas ou que vivem com o vírus HIV também têm direito à imunização gratuita.
Vacina contra HPV é a melhor forma de prevenir infecções
A vacina não é prescrita como tratamento contra o HPV, ou seja: se a pessoa já foi contaminada por algum tipo do vírus, a imunização não terá efeitos na infecção daquele tipo específico. Como forma de prevenção, a vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses entre cada uma. Além da imunização, o uso de preservativos durante as relações sexuais ajuda a prevenir a infecção, mas não é um método totalmente seguro, já que as lesões também podem surgir nas áreas não protegidas. O exame preventivo (papanicolau) precisa ser feito regularmente para identificar precocemente qualquer lesão no colo do útero.
Fonte: Ministério da Saúde