Dia mundial da AIDS: veja como cientistas estão trilhando o caminho da cura
Foi em 1982 que ocorreu o primeiro registro de AIDS no Brasil. Na época, pouquíssimo se sabia sobre a doença – e a falta de informações levou a entendimentos equivocados sobre o contágio e os riscos envolvidos no diagnóstico. Com o passar dos anos, a transmissão alcançou seu pico e o falecimento de ídolos nacionais e mundiais, como Freddy Mercury e Cazuza, chamou a atenção de todos. Como resultado, a ciência investiu esforços para entender como funciona essa doença e qual o caminho para a cura.
A resposta para a última pergunta ainda não existe, mas os avanços são inegáveis – e muitos estudos parecem estar caminhando nessa direção. No Dia Mundial da AIDS, entenda mais sobre essas pesquisas!
Caminho para a cura da AIDS e os cuidados com a prevenção
Ainda não há uma resposta definitiva sobre como eliminar a carga viral do corpo. Mas diversos estudos parecem apontar para um futuro melhor. Recentemente, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conseguiu zerar o HIV de um paciente.
O resultado aconteceu por meio da administração de medicamentos. Essa solução é bastante animadora por ser mais simples e acessível do que o transplante de células-tronco: o único caminho que até o momento aparentava trazer efeito.
Apesar disso, é preciso ressaltar que ainda não há cura para essa questão de saúde. Por isso, é essencial investir nos cuidados preventivos: a prática de relações sexuais deve ser acompanhada de preservativos; além disso, seringas ou qualquer outro material cortante não podem ser compartilhados.
Caso o diagnóstico ocorra, o tratamento envolve um coquetel antirretroviral para diminuir a expansão da doença pelo corpo. Quando seguido corretamente, é possível abaixar a carga viral a níveis que impedem a transmissão para outras pessoas e garantir qualidade de vida ao paciente.
Ligação e diferença entre HIV e AIDS: um ponto importante para o diagnóstico
Vírus da Imunodeficiência Humana: esse é o significado traduzido do inglês para HIV. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), estima-se que, em 2019, havia 38 milhões de pessoas no mundo convivendo com esse vírus.
Uma das suas principais ações é atacar o sistema imunológico, responsável por combater agentes infecciosos no nosso corpo. Sem tratamento, o enfraquecimento das células de defesa pode evoluir para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – também conhecida como AIDS.
Por isso, não é correto dizer que todo paciente HIV positivo tem AIDS. Isso só acontece quando o diagnóstico da presença do vírus não é feito a tempo – e, como resultado da falta de tratamento, ele avança até o desenvolvimento da doença.
O problema é que, por não haver sintomas na fase inicial, muitas pessoas não sabem que estão contaminadas. Para se ter uma ideia, dos 38 milhões citados acima, 7,1 milhões não sabiam da sua condição. E o risco disso não é apenas pessoal, mas coletivo. Já que mesmo sem o diagnóstico de AIDS, o vírus é transmissível.