Por que o isolamento social é a melhor forma de evitar a disseminação da Covid-19?
O movimento “fique em casa” tomou uma grande proporção nos últimos tempos como uma forma de evitar a disseminação do novo coronavírus. Diminuir as aglomerações de pessoas, seja no transportes públicos ou em eventos, é uma das principais recomendações das autoridades de saúde para diminuir o risco de contágio. Muitos países, incluindo o Brasil, entraram em um regime de quarentena nas últimas semanas. Com isso, aulas em escolas e faculdades foram suspensas, eventos cancelados, comércios fechados e houveram mudanças no funcionamento de serviços essenciais. Além disso, muitas empresas têm liberado seus colaboradores para trabalharem de casa no período. Mas, afinal, qual é a efetividade do isolamento social para desacelerar o avanço da Covid-19?
Quarentena é obrigatória para pessoas doentes ou com sintomas do novo coronavírus
A orientação principal é que pessoas doentes ou que estejam com algum sintoma leve da Covid-19 – como febre e tosse – fiquem isoladas por um período. O mesmo vale para aqueles que voltaram de viagens internacionais ou que tiveram contato com pessoas contaminadas (ou com suspeita). Nesses casos, é indicado o isolamento sem nenhum contato com outras pessoas. Em caso de ter alguém contaminado em casa, é preciso um cuidado redobrado para impedir que os familiares sejam infectados também.
O tempo de quarentena varia de caso para caso, mas o período de incubação do coronavírus é de 2 a 14 dias depois da contaminação. Vale lembrar que a doença pode ser assintomática em alguns casos, mas mesmo assim não impede a contaminação de outras pessoas.
Pessoas que estão no grupos de risco para o novo coronavírus devem ficar em casa
Idosos com mais de 60 anos e pessoas com doenças crônicas respiratórias, problemas no coração e diabetes estão no grupo de risco da Covid-19. Os efeitos do coronavírus nesses pacientes são agressivos e podem levar à morte de forma mais rápida. O indicado é que essas pessoas fiquem 100% em casa e tenham mais atenção ainda com a higiene.
Além disso, o distanciamento deve ser praticado mesmo com familiares que moram na mesma casa, principalmente se costumam sair de casa – mesmo que seja em situações extremamente necessárias.
Se você não está doente, não tem sintomas e não está no grupo de risco deve aderir ao isolamento social?
A resposta é sim! Se você tiver a possibilidade de trabalhar ou estudar em casa, é indicado que também entre em isolamento social, mesmo que não apresente sintomas da doença. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), essa é a melhor forma de evitar o colapso do sistema de saúde. Quando as pessoas ficam em casa, o risco de exposição ao vírus – e de disseminação – é diminuído.
Por isso, evite aglomerações e só saia na rua se for extremamente necessário. Ao chegar em casa, tire os sapatos e lave bem as mãos – se puder tomar um banho, melhor ainda. A recomendação é que todas as compras do supermercado, farmácia ou delivery de comida sejam devidamente higienizadas. Se você precisa passear com o seu cachorro, lave bem as patinhas do animal antes de entrar em casa. Outras orientações incluem manter uma distância mínima de 1 metro de outras pessoas sem sintomas – em caso de pacientes confirmados ou com sintomas, o indicado é manter a distância mínima de 2 metros -, não tocar o rosto com a mão suja e usar o antebraço se precisar tossir ou espirrar.