Vacina contra sarampo: quais os riscos de deixar a doença voltar?
O sarampo voltou a ser uma ameaça ao Brasil quando novos casos da doença voltaram a ser altamente notificados. A enfermidade é considerada uma das principais causas de morte infantil no mundo todo. De acordo com um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em março, 338 casos de sarampo foram confirmados só em 2020 – com mortes registradas no Rio de Janeiro, São Paulo e Pará. Em 2019, foram confirmados 18.200 casos de sarampo no país. A única forma de prevenir a doença é com a vacina tríplice viral – que, além do sarampo, também atua contra a caxumba e rubéola.
Sarampo: como a doença se manifesta?
Com alto poder de contágio, o sarampo é uma infecção grave causada por um vírus chamado Measles morbillivirus. Normalmente, é transmitida por gotículas no ar espalhadas por tosse, espirros e até pela fala e respiração. A doença se manifesta, principalmente, com manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de febre, tosse, coriza, manchas brancas na boca e irritação nos olhos. Em crianças, o sarampo pode provocar complicações neurológicas ou evoluir para um quadro de pneumonia bacteriana, que é a principal causa de morte em crianças desnutridas. Já em adultos, a doença é mais difícil de ser diagnosticada e pode desencadear uma pneumonia não bacteriana, que pode ser bem grave.
Por que o sarampo voltou a aparecer no Brasil?
Em 2016, o sarampo chegou a desaparecer do território brasileiro e o país recebeu um certificado de erradicação da doença, resultado da inclusão da vacina no calendário de imunizações obrigatórias e de campanhas massivas de vacinação. Três anos depois, novos casos da doença surgiram no Brasil. Especialistas de saúde associam o novo surto com a baixa adesão de vacinação. Acredita-se que a própria população deixou de se preocupar, já que teoricamente a doença havia desaparecido. Por outro lado, alguns grupos também passaram a questionar a eficácia e os efeitos colaterais provocados pelos componentes que agem contra essas doenças.
As vacinas são métodos totalmente seguros para evitar o contágio de doenças graves e são indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Vacina contra sarampo: quem deve tomar?
A vacina contra sarampo pode ser aplicada em crianças e adultos, com esquemas diferentes. Crianças precisam tomar uma dose da tríplice viral aos 12 meses e outra aos 15 meses. Crianças a partir dos 10 anos, adolescentes e adultos que nunca receberam a imunização precisam receber a vacina em duas doses – verifique em um posto de saúde. Pessoas com suspeita da doença, gestantes, pacientes imunocomprometidos e bebês de até 6 meses não podem tomar a vacina.
Fonte: Ministério da Saúde