8 mitos e verdades sobre a caxumba
Conhecida pelo inchaço no pescoço, a caxumba é uma infecção viral que atinge as glândulas responsáveis pela produção de saliva (parótidas) e aquelas que ficam próximas ao ouvido (submandibulares e sublinguais). Com um período de incubação de duas a três semanas até se manifestar, é muito raro a caxumba provocar morte, mas os casos mais graves podem causar surdez, meningite e até esterilidade. A doença também pode afetar o tecido glandular, responsável pela formação das glândulas secretoras, e o sistema nervoso.
Como ocorre a transmissão da caxumba e como prevenir?
A transmissão do vírus da família Paramyxoviridae ocorre por via respiratória, normalmente pela inalação de gotículas contaminadas que são espalhadas no ar pela tosse ou espirro – ou mesmo por contato direto com a saliva de pessoas com a infecção. Há a possibilidade de haver transmissão indireta pelo contato com objetos e utensílios contaminados, mas a ocorrência é menos frequente. Segundo o Ministério da Saúde, a criação da vacina de prevenção diminuiu drasticamente o número de casos da doença no Brasil. Apesar de ser uma doença comum, a caxumba ainda é cercada de dúvidas sobre os sintomas, prevenção e tratamento.
A vacina é desenvolvida a partir do vírus da própria doença. Ela pode ser aplicada de forma isolada, mas geralmente é conjunta com as vacinas de sarampo e rubéola, formando assim a Tríplice Viral. Em crianças, a primeira dose é administrada aos 12 meses. Já a segunda é feita entre quatro e seis anos de idade. Grávidas, pessoas com imunodeficiências e adultos que nunca foram vacinados seguem um calendário específico da doença.
Dúvidas sobre caxumba: veja 8 mitos e verdades!
É comum haver reinfecção pelo vírus da caxumba: MITO
Uma vez infectada pela caxumba, a pessoa cria imunidade contra a doença. Por isso, a ocorrência de reinfecção é muito rara. Mas atenção: se a doença afetou apenas um lado do pescoço, o outro pode ser infectado em outro momento.
Caxumba na gestação pode prejudicar o bebê: VERDADE
O vírus pode causar complicações ao feto caso a mulher contraia a doença nos três primeiros meses de gestação. Em alguns casos, pode provocar aborto espontâneo. A indicação é que mulheres que nunca tiveram a doença ou não tomaram a vacina atualizem o calendário de vacinação antes de engravidar.
Caxumba tem sintomas semelhantes aos da gripe e dengue: VERDADE
A caxumba se manifesta com sintomas bastante comuns em doenças virais, como gripe e dengue: febre, fraqueza, dores de cabeça e musculares e perda de apetite. O que a diferencia é o inchaço no pescoço, na área próxima aos ouvidos, e a dificuldade e dores ao mastigar e engolir. O mais indicado é buscar atendimento médico para o diagnóstico certo.
O paciente infectado por caxumba não precisa ficar isolado: MITO
A partir do diagnóstico, é necessário que o paciente evite contato com outras pessoas para não propagar a doença. Além disso, recomenda-se não compartilhar utensílios como copos, pratos e talheres.
Crianças são mais vulneráveis ao vírus: VERDADE
Apesar de poder atingir pessoas de todas as idades, a caxumba é mais frequente em crianças em idade escolar e adolescentes.
Vírus da caxumba pode se instalar nos testículos e ovários: VERDADE
É bem raro, mas as complicações da caxumba podem desencadear inflamação nos testículos (orquite) e nos ovários (oforite). De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 30% dos homens adultos desenvolvem a infecção nos testículos. Já em mulheres ocorre com menos frequência, atingindo apenas 5% dos casos de contaminação pelo vírus.
Existe um tratamento específico para a caxumba: MITO
Os sintomas da caxumba costumam regredir espontaneamente e não há um tratamento específico para a doença. Após o diagnóstico, a indicação é manter repouso e tomar medicamentos para dor e diminuição da febre. No entanto, é importante buscar atendimento médico para observação dos sintomas.
Aglomeração de pessoas propicia a contaminação: VERDADE
A principal forma de transmissão da caxumba é pelas gotículas de saliva e secreção respiratória jogadas no ar pela tosse e espirro. Por isso, locais fechados e com mais quantidade de pessoas, como escolas e transporte público, são mais propensos para a contaminação.
Fontes: Fiocruz e Ministério da Saúde