Fibromialgia: conheça a doença e os desafios de viver com as dores

Mulher com mão na cabeçaUma dor generalizada, persistente e que, aparentemente, não tem explicação: é assim que se manifesta a fibromialgia. A doença se caracteriza pela sensação de fadiga, prejudica o sono e as dores podem não passar mesmo com analgésicos. Quem sofre de fibromialgia sabe como essa condição pode ser limitante. Mas, apesar de não ter cura, com os tratamentos adequados é possível retomar a qualidade de vida.

O que é fibromialgia?

Não há uma causa definida para a fibromialgia. Predisposição genética é uma das explicações, mas o estresse também é um fator. Quando o paciente passa por muitas situações que afetam o psicológico, as chances de desenvolver a dor são maiores.

Fibromialgia e depressão podem se relacionar, mas nem todos que sofrem com a dores vão apresentar sintomas depressivos. Por conta da intensidade e da persistência da dor, alguns podem desenvolver essa doença psicológica – o que gera um ciclo vicioso, visto que o estresse e outros sintomas depressivos agravam as dores. Nesses casos, se torna necessário o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.

Fibromialgia: diagnóstico é feito por reumatologistas

O primeiro passo é chegar ao diagnóstico. Por não ser detectável em exames de laboratórios e nem causar sintoma visível pelo corpo, muitas vezes ela é enxergada como um transtorno puramente psicológico. O que não é verdade – os pacientes relatam dores efetivas.

A confirmação da fibromialgia vem por meio de consultas com reumatologistas. Após analisar a condição clínica e descartar outras possíveis doenças, o médico realiza um exame em que 18 pontos musculares serão pressionados – e, caso o indivíduo sinta dor em ao menos 11 deles, o diagnóstico é confirmado.

Tratamento para fibromialgia busca promover qualidade de vida

Para tratar a fibromialgia é preciso tanto de medicamentos quanto de mudanças nos hábitos de vida. Os remédios utilizados são relaxantes musculares, neuromoduladores e antidepressivos – mesmo nos casos em que o paciente não apresenta quadro de depressão.

Isso porque, eles atuarão nas áreas do corpo humano responsáveis por gerar e inibir a dor e outros sintomas da doença, independente da situação psicológica do indivíduo. Além disso, a prática de exercícios físicos é indispensável no tratamento. Apesar de atividade aeróbicas, como natação, serem mais indicadas, o paciente tem liberdade para escolher aquela que mais o agrada.

Caso o sono esteja muito comprometido e os remédios não sejam o suficiente, algumas mudanças de comportamento na hora de dormir podem ajudar – como, por exemplo, evitar bebidas cafeinadas, diminuir possíveis ruídos ou claridades do ambiente e realizar uma refeição mais leve no período da noite.