Cefaleia e enxaqueca: descubra as causas, sintomas e tratamentos
Durante a vida, mais de 90% das pessoas sentirão alguma dor de cabeça pelo menos uma vez, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A cefaleia caracteriza as dores em diferentes partes da cabeça, entre elas a enxaqueca, e pode acontecer por várias razões – e com intensidade e frequências variadas. Por isso, é comum que muitas pessoas tenham dúvidas sobre quando é o momento de procurar um especialista e verificar as possíveis causas da dor.
Sabendo disso, o médico Marcio Nattan, coordenador do Centro de Cefaleia do Hospital Samaritano Higienópolis e neurologista do Hospital Carlos Chagas, conversou com a rádio Gazeta AM, em São Paulo, sobre o assunto (confira a entrevista completa no link ao final da página).
Enxaqueca: sintomas e causas têm relação genética
A causa mais comum para dores de cabeça recorrentes leva outro nome: enxaqueca. Esse problema, que tem origem genética, pode ser influenciado por diversos fatores, como questões hormonais. Não há um exame específico para confirmar o diagnóstico – e, por isso, a conversa com um especialista para analisar todo o quadro do paciente é essencial.
Ter dor de cabeça constante é normal?
Sentir dor de cabeça não é normal, mas também não é causada por doenças na maioria das vezes. É preciso observar todo o quadro: quando ela se torna recorrente, vem acompanhada de outros sintomas, fica muito forte ou surge aparentemente sem motivo, é a hora de procurar um médico para verificar as possíveis causas.
Exames e especialista a procurar quando a cefaleia for frequente
Para analisar casos de cefaleia, o ideal é buscar um neurologista. Ele irá considerar todo o histórico e relato do paciente para verificar a necessidade de exames complementares. Em alguns casos, não é necessário fazer exames de imagem – na enxaqueca, por exemplo, esse tipo de avaliação não é conclusiva para o diagnóstico final.
Crianças devem ter cuidados especiais?
Não, a análise para crianças e adultos é a mesma: antes de procurar um médico, verifique a recorrência e contexto das dores.
Enxaqueca tem cura?
A doença não tem cura. Porém, ela não é constante – atua por meio de crises. O tratamento serve para tornar esses momentos de dor cada vez mais escassos, aumentando os “ciclos de calmaria”. A partir dos 40 anos, a tendência é que as crises diminuam ou até mesmo parem de ocorrer.
Casos no Brasil
O país tem alto índice de casos, assim como outras nações. Mas, ao olhar especificamente para a enxaqueca crônica, os números são substancialmente maiores. São muitos motivos possíveis para isso – mas se destacam o reduzido acesso à saúde (quanto menor a possibilidade de tratamento, maiores as chances de piora a longo prazo) e a demora do paciente para procurar um especialista.
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