Como identificar a gastrite nervosa?
Muitas vezes, a dor de estômago é relacionada apenas com aquele almoço que caiu mal ou uma má digestão por ter comido em excesso. Porém, se essa dor é insistente é possível que seja um caso de gastrite. Essa inflamação no estômago pode vir acompanhada de azia, vômitos e sensação de estar muito cheio. Uma das formas da doença é a gastrite nervosa, que está associada a episódios de muita pressão, transtorno de ansiedade e estresse. Ou seja, tem um fator emocional por trás. É muito importante observar o próprio corpo e o contexto de vida para entender os sinais que o organismo dá de que algo não está bem – além de sempre consultar um médico para o diagnóstico correto, claro.
Gastrite nervosa x gastrite comum: qual é a diferença?
Além do tipo nervosa, a gastrite pode se manifestar de forma crônica, aguda (causada pela bactéria Helicobacter pylori), enantematosa ou eosinofílica. Em todos os casos, é importante identificar as causas para um tratamento adequado. A boa notícia para quem tem gastrite nervosa é que ela é menos grave: isso porque nas outras formas da gastrite ocorrem uma inflamação das mucosas da parede estomacal, o que exige um tratamento mais rigoroso. Além disso, podem evoluir para úlceras ou até mesmo um câncer.
A gastrite nervosa, por sua vez, não é causada por nenhuma inflamação na mucosa – geralmente, não se percebe nenhuma alteração no órgão durante a endoscopia. Quase sempre, a gastrite é advinda de causas emocionais e psicológicas: ansiedade, crises de pânico, medo, estresse forte, situações de muita pressão ou mudanças bruscas de humor.
Quais são os sintomas da gastrite nervosa?
A gastrite nervosa tem sintomas fáceis de identificar: dor de estômago contínua que se apresentam em forma de pontadas, azia (queimação), arrotos frequentes, mal-estar geral e, muitas vezes, dores de cabeça. Outro sintoma muito comum é se sentir saciado muito rápido, como se já estivesse “estufado” ou sentir a barriga inchada e dolorida depois de comer ou não. Em alguns casos, são relatados um desconforto que se assemelha a uma sensação de fome constante.
Muitos estudos indicam que os problemas emocionais afetam diretamente o apetite do paciente, por isso, também é normal sentir pouca ou nenhuma vontade de comer, e isso também é sintomático. Náuseas e vômitos também são comuns nesse caso.
Como tratar a gastrite nervosa?
Ao sentir que algo não vai bem com o seu estômago, o recomendado é procurar um médico gastroenterologista, especialista no sistema digestivo, para verificar as causas e o melhor tratamento. Provavelmente, o médico vai recomendar que você evite alimentos e substâncias que estimulam o mal-estar: frutas ácidas, café, chá pretos, refrigerantes, álcool e pimentas entram na lista, pois são itens que acabam fermentando e atacando a parede do estômago, piorando ou desencadeando mais desconforto. O médico também podem prescrever antiácidos para tomar durante as crises ou para evitá-las.
Depois do diagnóstico de gastrite nervosa, também é importante que você trate a causa das crises estomacais, no caso aquelas influenciadas pelo seu emocional. Busque ajuda psicológica para lidar com esses problemas e, se for o caso, faça mudanças na rotina para uma vida mais equilibrada.