O que é autismo? Entenda mais sobre o Transtorno do Espectro Autista
O autismo (ou Transtorno do Espectro Autista, o TEA) é uma condição psiquiátrica que atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas no Brasil. O transtorno leva a alcunha de “espectro” por interferir e dificultar várias áreas do desenvolvimento humano: socialização, comunicação verbal e não-verbal, aprendizagem e emoções. O TEA pode se manifestar em diferentes níveis e intensidade, o que define quais áreas serão mais afetadas.
Transtorno do Espectro Autista se desenvolve em vários graus
O Transtorno do Espectro Autista é mais complexo do que se imagina. Primeiro, ele não é um só e se desenvolve em vários níveis, do moderado ao mais grave. A Síndrome de Asperger é considerada o nível mais leve da condição. Pessoas diagnosticadas com esse nível do transtorno costumam ter uma inteligência acima do normal e são considerados superdotados, geralmente fixados em um só assunto. O Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) é uma forma mais intensa da Síndrome de Asperger, mas ainda moderada, caracterizada por dificuldades de socialização e de comunicação. Já o chamado Transtorno Autista é um espectro mais grave, em que o indivíduo não faz contato visual, dificilmente se comunica verbalmente e faz movimentos repetitivos com frequência.
Há ainda o Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI), forma mais grave de autismo, que compromete capacidades cognitivas, linguísticas, sociais e afetivas, sem possibilidade de recuperação por meio de tratamentos. O TDI é bem raro e costuma manifestar os primeiros sintomas na primeira infância, entre 2 e 4 anos de idade. Formas mais graves podem desencadear outros problemas, como a epilepsia e deficiências intelectuais.
Tratamento do autismo depende de vários profissionais de saúde
Como o autismo é um transtorno do espectro, ele atinge diversas especialidades que devem ser trabalhadas isoladamente e em conjunto. Um diagnóstico precoce garante uma maior qualidade de vida à criança. É necessário um acompanhamento com fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e neurologistas para que o tratamento seja feito de forma completa. É fundamental estimular todas as capacidades do autista. A família também pode precisar de algum acompanhamento para lidar e aprender como agir em determinadas situações. Lembrando que a pessoa com algum Transtorno do Espectro Autista pode levar uma vida completamente normal – em alguns casos (do autismo moderado à grave), porém, é necessário um cuidado maior na adaptação do ambiente e rotina.