Slime: veja os cuidados necessários para uma brincadeira divertida e segura
Não há como negar que o slime, esse tipo de gosma gelatinosa colorida, fascina as crianças e tem conquistado muitos fãs. Para a brincadeira, alguns adquirem o modelo pronto e regulamentado pelo Inmetro, mas outros preferem a experiência de fabricar sua própria versão – e é aí que existe um certo perigo. A maioria das receitas incluem ingredientes tóxicos, então é importante ter cuidado.
Na internet, existem muitas receitas diferentes para preparar o slime, mas geralmente o modo básico inclui bicarbonato de sódio, ácido bórico, bórax, cola branca, corantes e, em alguns casos, espuma de barbear, xampu, sabão em pó e amaciantes de roupas. Muitos desses elementos são tóxicos e, sem orientação quanto à quantidade de uso, a saúde dos pequenos pode ficar em risco.
Slimes com bórax: todo cuidado é pouco
O borato de sódio, conhecido como bórax, é a substância mais perigosa dessa lista. Para se ter uma ideia, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) identifica o produto como classe toxicológica II, ou seja, altamente tóxico. Ele pode danificar a camada protetora da pele e, como resultado, gerar lesões e dermatite de contato – um tipo de alergia ou inflamação que causa coceira, vermelhidão intensa e inchaço. Em grande quantidade, até mesmo cólicas estomacais, vômitos e diarreia são possíveis.
Quando combinado com bicarbonato de sódio, o bórax pode provocar queimaduras em pessoas com peles sensíveis – que é o caso das crianças. Por conta dessa sensibilidade, a mistura de espuma de barbear, amaciantes de roupas e sabão pode ser nociva e gerar quadros de irritação.
A Anvisa alerta que “o bórax é um produto químico autorizado para diversas finalidades, como em fertilizantes, produtos de limpeza e até mesmo em medicamentos. Entretanto, se inalado ou ingerido, pode causar intoxicação.”
O que fazer em casos de intoxicação por slime?
Se a criança ingerir o borato de sódio, não provoque o vômito ou dê qualquer tipo de líquido (nem mesmo água). Ligue para o Centro de Informações Toxicológicas (CIT/CCI/CEATOX/outras) da sua localidade e siga os procedimentos informados. O número do órgão em cada estado e no Distrito Federal pode ser consultado pelo site Disque-Intoxicação da Anvisa.
A forma mais segura para garantir a brincadeira das crianças, portanto, é adquirir os slimes industrializados e regulamentados pelo Inmetro – e, claro, sempre acompanhar os pequenos de perto para evitar qualquer tipo de ingestão. Assim, as possibilidades de intoxicações ou problemas de pele são reduzidas.
Fonte: Dr Cassiano Ricardo Martins Garcia