Qual a importância das vacinas para prevenir doenças e garantir a saúde da população?

Com a pandemia do novo coronavírus, as vacinas voltaram a ser a prioridade entre a comunidade científica e a própria população. O que poucos sabem é que as vacinas fazem parte da realidade há séculos e são consideradas umas das principais medidas preventivas contra doenças graves. No Brasil, a vacina surgiu em 1804 para combater a varíola, um quadro contagioso e muito perigoso para a época, mas que já foi erradicado depois de uma campanha de vacinação em massa organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por volta de 1970. Ainda assim, muitas pessoas não entendem o processo de desenvolvimento de imunizações e nem a importância de não deixar de se vacinar.

Como as vacinas agem no organismo?

Existem diferentes maneiras de produzir uma vacina, mas o mecanismo de funcionamento de todas elas é basicamente o mesmo: o objetivo é estimular a produção de anticorpos no organismo. Ao entrar em contato com algum micro-organismo infeccioso, o sistema imunológico é acionado e reage por meio de anticorpos para “expulsar” os intrusos. As vacinas são formuladas com pequenas partículas desses microrganismos, mas em uma quantidade que não é suficiente para ter uma reação do corpo humano. Esse primeiro contato com o agente causador da doença faz com que o corpo se prepare para combatê-lo em caso de infecção.

As vacinas são fundamentais para erradicar doenças graves

Embora o foco atual seja a vacina contra a Covid-19, existem várias vacinas que auxiliam no combate contra outras doenças, como hepatite, meningite, sarampo, poliomielite, febre amarela e até gripe, que requer reforços anuais. A maioria delas são aplicadas nos primeiros anos de vida, seguindo o calendário de vacinação, e algumas precisam de reforço de tempos em tempos.

As vacinas são o método mais seguro para proteger a população de doenças que podem ser fatais. Todas as vacinas passam por fases de estudos e testes para garantir a eficácia, onde são avaliados as respostas do organismo e o tempo de proteção. Em crianças, as vacinas garantiram nos últimos 30 anos uma diminuição importante nas taxas de mortalidade infantil e queda na ocorrência de doenças como meningite, tétano neonatal e poliomielite.

É fundamental seguir o Calendário Nacional de Vacinação

O Ministério da Saúde criou em 1973 o Programa Nacional de Imunização (PNI) para distribuir anualmente doses de vacinas contra uma série de doenças por meio do Calendário Nacional de Vacinação. A vacina da poliomielite, por exemplo, é dividida em três doses e deve ser aplicada quando o bebê estiver com dois, quatro e seis meses de idade, respectivamente. Já a vacina da febre amarela deve ser aplicada aos nove meses de idade. Algumas vacinas precisam de reforços após um certo período para garantir a imunização – e justamente por isso é necessário manter a carteira de vacinação sempre em dia.

Com a imunização em massa da população, é possível combater e evitar possíveis surtos epidêmicos de doenças que podem ser facilmente prevenidas. Se você é adulto e não sabe se está protegido, vá ao posto de saúde mais próximo e se informe para fazer a atualização das vacinas.