
A condropatia patelar ocorre a partir do desgaste da cartilagem de um osso que ajuda na articulação do joelho
Você possivelmente já viu alguém usando uma joelheira ortopédica alguma vez na vida. Isso pode indicar que a pessoa estava sofrendo de condromalácia (ou condropatia) patelar. Doença comum, que chega a atingir mais de 150 mil brasileiros por ano, ela se caracteriza pelo desgaste da cartilagem óssea da patela, também conhecida como rótula - um osso que ajuda na articulação do joelho. Entenda mais sobre esse problema e saiba como tratá-lo.
Envelhecimento e excesso de exercícios físicos podem causar a condromalácia patelar
A condromalácia é uma doença que pode aparecer por alguns motivos. O envelhecimento, sem dúvida, é o maior fator causador. É um processo natural da idade que nossa cartilagem sofra alguma deterioração com o passar do tempo. Mas, isso não descarta a possibilidade do problema surgir em outras fases da vida.
Esportes e exercícios físicos em excesso podem causar o problema, principalmente quando o joelho praticamente não tem o fortalecimento muscular adequado. Isso porque a pressão sobre a articulação é muito maior nessas ocasiões. As mulheres também são mais predispostas ao problema em decorrência da grande quantidade de hormônios, como o estrogênio, liberados durante o ciclo menstrual.
Quais os graus da condromalácia patelar?
Nem toda condropatia é igual, pelo contrário: ela se apresenta em quatro graus de gravidade. No grau 1, a pessoa pode sentir os primeiros sintomas da doença, como dor e inchaço e aquela sensação de estalo (o “clique”) na articulação do joelho; já no grau 2, podem existir lesões pequenas na cartilagem. No grau 3, por sua vez, as lesões costumam ser maiores do que 1,3 cm; e no grau 4, o nível mais grave da doença, a cartilagem já está erosada em nível extremo.
Diagnóstico e tratamento da condropatia patelar
Apesar de ter sintomas bem característicos, a condromalácia patelar deve ser diagnosticada a partir de exames de imagem, como raio-x, ultrassonografias e ressonância magnética, que identificam as lesões. O tratamento costuma ser longo (em torno de 6 a 12 semanas), porém simples. A fisioterapia, o uso da joelheira sem furo, analgésicos e compressas de gelo para aliviar a dor são alternativas de tratamento. Em casos graves, como o grau 4, a fisioterapia pode não ser suficiente: o ortopedista, então, poderá fazer alguma intervenção com ácido hialurônico para lubrificar a cartilagem ou até mesmo um procedimento cirúrgico. Em caso de dor no joelho frequente, marque uma consulta com um ortopedista de confiança.